One Day... It Happened.

Can you hide your deepest secret?

domingo, 1 de maio de 2011

Mistério

       Após algumas horas na estrada, finalmente tinham chegado ao destino final: a casa de praia da morena. Após a parada total do carro, todos saíram do mesmo e andaram até o porta-malas. Sally fez menção de tirar a sua mala pesada de lá, mas o menino de olhos azuis não permitiu, disse algo sobre meninas não carregarem sua própria bagagem. Como sempre, estava sendo um total cavalheiro. E John seguiu seu exemplo ao pegar as duas malas de Alice, queria impressioná-la e mostrá-la que também poderia ser tão educado quanto o amigo. As duas se entreolharam e sorriram do ato dos meninos.

        Seguiram os dois até a varanda da casa e colocaram seus pertences ali. A dona da casa observou o oceano do seu lado, algo que a acalmava era o som das ondas indo e vindo a todo o momento. Sentiu a suave brisa bagunçar seu lindo cabelo um pouco e não se importou muito com isso, adorava aquele lugar. Era como se todos os seus problemas fossem embora apenas estando ali e sentindo toda a natureza a seu redor.

        Ao perceber que ficou ‘fora do ar’ por um tempo, tirou a chave da bolsa com estampa de onça que levava na mão, colocou-a na fechadura e abriu a porta rapidamente, seus amigos a acompanharam e em pouco tempo estavam arrumando os quartos, desfazendo as malas.

        A casa era bem grande: quatro dormitórios com banheiro e direito até a banheira! A sala tinha uma decoração bem leve, assim como os móveis. A grande janela se juntava com a sacada que dava a volta na casa e mostrava a praia. Era uma bela vista. No andar de cima ficavam os quartos e no andar de baixo a sala e a cozinha. A cozinha era bem ajeitada e moderna.

—Sally, já acabou de arrumar suas coisas? — perguntou a amiga, encostada no batente da porta do cômodo da outra.

—Quase... — respondeu e Alice saiu do aposento em direção a sala.

        A morena tirou da mala mais algumas roupas para pendurar no cabide do armário de madeira, alguns vestidos e jaquetas. Pegou seu laptop de dentro da bolsa, abriu a capa de proteção e o colocou em cima de sua escrivaninha de mogno. Guardou seus sapatos na sapateira do lado do armário, tirou a mala de cima da cama de solteiro e colocou em um canto qualquer do quarto. Só iria utilizá-la para ir embora.

        Certificou-se que tudo estava na mais perfeita ordem e saiu. Desceu a longa escada de granito, segurando no corrimão e viu Drew esperando alguém. Quando ele a olhou, tinha certeza absoluta que era ela que ele esperava. Aquele sorriso era pra ela. Não pode deixar de retribuir. O garoto lhe ofereceu a mão e sem sombra de dúvidas colocou a sua pequena mão nas mãos fortes dele.

—Vamos passear. — ele simplesmente disse, e ambos começaram a andar de mãos dadas pelas areias da praia.

        O que mais agradava Sally era como Drew poderia ser romântico e ao mesmo tempo tão inocente em seu olhar. Tinham se conhecido naquele mesmo ano da faculdade, mas sentia que o conhecia há muito mais tempo. Não sabia como tinha se apaixonado tão rapidamente por um menino, talvez fosse amor a primeira vista. Quem sabe? Espera ai... Se apaixonar de novo? A garota logo tirou esses pensamentos de sua mente.

        O adolescente começou a jogar água na menina e ela se protegeu com as suas mãos, sorrindo. Iria fazer a mesma coisa que ele e assim começaram uma pequena batalha, pareciam duas crianças correndo felizes pela praia, livres como se estivessem flutuando. Nada poderia estragar esse momento tão perfeito. Ou talvez... Poderia sim.

        Pararam a brincadeira ao ver que o mar começou a se agitar e algo grande caiu do céu com extrema rapidez e força bem no meio do oceano. Em um gesto rápido, Drew correu até onde a menina estava parada e segurou sua mão.

        Antes que pudessem perguntar o que estava acontecendo, uma onda eletromagnética muito forte se expandiu até onde seus olhos alcançavam. Sally estava assustada, seu olhar demonstrava medo e incerteza. Algo que nunca quis demonstrar era medo. Em sua opinião, o medo deixava as pessoas mais vulneráveis. Mas não podia evitar esse sentimento.

 —Acho melhor irmos pra dentro! — ele exclamou e já começou a puxar em direção a casa.

        Não protestou e seguiu o menino. Adentraram a casa e avistaram seus dois amigos igualmente assustados olhando pela janela da sala. A morena de olhos castanhos mandou todos irem para trás e fechou a cortina e a persiana. Feito isso, ficou onde os outros estavam. Não podiam ver como estavam as coisas lá fora, mas de uma coisa tinham certeza: aquilo não era algo normal. Puderam ouvir o som do vento batendo na porta e em todos os lugares da casa. Poderia ser um tornado, furacão ou algo do tipo? Como, se estavam em um país onde isso não acontecia?

—Alguma ideia? — Alice quebrou o silêncio e a tensão do recinto.

—Não. — sua amiga disse, sentindo que tudo estava se acalmando.

        Sentiu que o tempo ia melhorar e respirou aliviada. Só não estava esperando alguém derrubar a porta de madeira dos fundos da casa e entrar tão naturalmente. Pulou rapidamente em cima de Drew com o ocorrido e ficou muito sem graça depois de ver o que tinha feito.

—Meu nome é Ruert. Venham comigo. Vocês têm que parar a guerra. — uma mulher com um vestido totalmente verde aveludado falou.

        E antes de qualquer coisa, foram transportados para outro lugar bem diferente do que estavam. Era cheio de crateras, montanhas e um grande vulcão ao fundo, apesar de toda essa cena catastrófica, do lado direito ficava uma grande selva bem verde. Sabiam muito bem que não estavam mais na praia.

domingo, 24 de abril de 2011

A Viagem

Era uma calma e serena manhã de Outono. A cidade estava silenciosa e todos dormiam, exceto aqueles que acordavam cedo para irem trabalhar. Uma casa em especial estava muito agitada, para ser mais precisa: a casa de Sally. Ela estava indo viajar com seus melhores amigos: Alice, John e Drew para a sua casa de praia e passar um único fim de semana, sem seus pais ou responsáveis. Realmente foi muito chocante quando sua mãe não brigou por causa disso e nem seu pai, eles eram do tipo 'super-protetores' e nunca passou em sua cabeça que pudessem mudar tão repentinamente.

—Sally, seus amigos chegaram. — gritou um homem com aproximadamente quarenta anos do andar inferior da casa.

—Já estou indo, pai. — gritou de volta, colocou as últimas coisas que queria dentro de sua mala de viagem e saiu do quarto a arrastando.

 Desceu as escadas com um pouco de dificuldade devido ao peso da sua bagagem. Quando chegou no piso térreo, seguiu rumo ao grande salão decorado e encontrou Alice admirando uma pintura que estava pendurada na parede, e seus outros dois amigos sentados no sofá. Drew parecia estar ansioso para a pequena viagem, toda hora olhava impacientemente no relógio. Já John... Estava com sono, só isso podia dizer dele.

Alice era morena, com o cabelo castanho e algumas mechas loiras, seus olhos eram puramente verdes claro. Usava óculos, mas nem por isso seus orbes perdiam a vida e a luz que resplandeciam. Seus modos eram delicados, parecia até uma princesa de verdade com toda sua delicadeza e gentileza.

Drew era o garoto mais bonito que Sally já tinha visto. Talvez ela pensasse isso porque estava gostando dele mais do que amizade. Provavelmente. Ele tinha olhos azuis e o cabelo preto mais bagunçado do mundo! Era um cavalheiro em tratar as meninas e talvez por isso tivesse se apaixonado por ele. Espera ai. Apaixonar?

John era loiro e seu cabelo era muito bem comportado, com alguns cachos que lhe davam um grande charme. Seus olhos eram castanhos escuro. Era extremamente engraçado, o piadista do grupo, sempre conseguia tirar risadas dos outros nas horas mais difíceis.

—Oi gente. — saudou Sally, com os olhares de seus amigos repousando em si.

—Bom-dia! Estou morrendo de vontade de chegar na praia! — exclamou Alice, dando um grande abraço em sua amiga.

—Eu também! Como você está, lindinha? — perguntou Drew, sendo o segundo a abraçá-la e fez isso por mais tempo do que deveria.

—Eu vou bem. — respondeu a garota, tentando esconder sua timidez olhando para John. — Acho que deveríamos acordá-lo... — murmurou e os outros começaram a rir quando viram que seu amigo estava num sono mais do que profundo.

Em pouco tempo as malas de todos já estavam dentro do porta-malas do Tucson prata. A morena despediu-se de seus pais com calorosos abraços e entrou no banco de passageiro do carro, quem iria dirigir era Drew. 

O garoto deu a partida no carro e não precisou usar marchas, porque o automóvel era automático. Saiu da garagem lentamente e Sally acenou um 'até mais' para sua família e entraram na rua. Passados vinte minutos, já estavam na estrada rumo a praia. 

Seria um fim de semana de descanso da faculdade e de toda a rotina que os adolescentes levavam.

O loiro tirou do bolso da calça um MP5, colocou os fones de ouvido e começou a vasculhar seu aparelho em busca de uma música que o fizesse relaxar. Mais do que já estava? Impossível. Achando uma, apertou o botão de 'play' e dormiu novamente. 

Alice estava com sua bolsa rosa na mão. Como sabia que a viagem ia ser um pouco longa, tratou de tirar de lá um livro de mais ou menos 400 folhas para ler. 

Sally olhava pelo vidro do carro a paisagem que ia se formando lá fora, seus olhos se perdiam diante de tanto verde da natureza. Observava cada detalhe, sempre foi muito observadora.

—Você está muito quieta. — sussurrou Drew, não tirando as mãos do volante e nem os olhos da pista.

Assustou-se com a fala repentina do rapaz.

—Quando eu viajo, eu gosto do silêncio. Me faz pensar na vida... — disse ela, o olhando rapidamente e voltando a sua mirada ao lugar onde estava.

Ele sorriu perante a resposta da moça, mas continuou concentrado no que estava fazendo.

Mal sabiam eles que alguma coisa estava prestes a acontecer. 
  
Mais informações »

domingo, 19 de setembro de 2010

A Garota Incomum

Ela não era uma garota comum, apesar de parecer como uma. Seu nome era Sally Will Waterfall, tinha olhos profundamente chocolate, uma pele pálida e cabelo castanho. Seu sorriso era muito contagiante, assim como sua risada. Com apenas dezessete anos, a adolescente estava cursando o primeiro ano da faculdade de Engenharia da Computação.
Apenas uma coisa sobre a menina continuava intrigando muitos. Por que ela sempre agia como se alguém pudesse descobrir seu segredo mais misterioso e obscuro? Sally realmente escondia algo?

Marcadores: